sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Aprendendo com Israel

  Há algo que me intriga há algum tempo: O que leva um país com apenas 7,9 milhões de habitantes e que possui um território minúsculo (menor que o estado de Sergipe), com terras ruins, sem recursos naturais, com apenas 64 anos de existência, e em constantes conflitos militares a ser um dos maiores centros de inovação do mundo?


 Israel tem 63 empresas de tecnologia listadas na bolsa Nasdaq (mais que Europa, Japão, China e Índia somados), tem registrado 7.652 patentes no exterior entre 2002 e 2005, e ganhou 31% dos prêmios Nobel de Medicina e 27% dos Nobel de Física, ou ainda 1/3 de todos os prêmios Nobel em todas as áreas. Apenas como comparação, o Brasil nunca ganhou NENHUM prêmio nobel em nenhuma área.

  Em resumo: O que explica o extraordinário desenvolvimento econômico e tecnológico de Israel? Pela lista de carências e problemas citados no primeiro parágrafo, Israel tinha tudo para ser apenas mais um país atrasado e miserável. 

   Entretanto, o país transformou-se em um caso único de inovação, tecnologia e desenvolvimento. Muitas das maravilhas que usamos hoje vêm de lá. O Pen drive, a memória flash de computador e muitos medicamentos que salvam vidas estão na lista de patentes de Israel, como Interferon, vacina Sabin, antipoliomielite etc.

  Qualquer explicação rápida é leviana. Muitos dirão que é o dinheiro dos norte-americanos e dos judeus espalhados pelo mundo que faz o sucesso de Israel. Não é. Primeiro, porque nenhuma montanha de dinheiro transforma uma nação de atrasados e ignorantes em gênios da inovação e ganhadores de prêmios Nobel. Em segundo, grande parte do dinheiro recebido por Israel foi gasto em defesa e conflitos militares. Terceiro, o apadrinhamento militar de Israel nos primeiros anos de sua fundação não foi dado pelos Estados Unidos, mas pela França, cujo apoio cessou somente em 1967, após a "Guerra dos Seis Dias".

   Nos artigos e livros que pesquisei, não há explicação simplista para o sucesso de Israel. 

   Pelo espaço limitado deste artigo, destaco apenas quatro pontos: Em primeiro lugar, a história e a cultura. A religião judaica dá ênfase à leitura e à aprendizagem mais que aos ritos. A perseguição aos judeus e a proibição, durante a Idade Média, de possuírem terras os levou a estudar e se tornarem médicos, banqueiros ou outras profissões que pudessem ser exercidas em qualquer lugar.

   Depois vem o apreço pela tecnologia e pela inovação. Israel gasta 4,5% de seu produto bruto em pesquisa e desenvolvimento, contra 2,61% dos Estados Unidos e 1,2% do Brasil. Na ausência de recursos naturais e premido pela necessidade, Israel entrou de cabeça numa cultura de pesquisar, descobrir e inovar.

   Em terceiro lugar, a estrutura educacional. A crença de que a única saída para o desenvolvimento, mais que os recursos naturais, é a educação de qualidade está na raiz da cultura de Israel. Do ensino básico até a universidade, Israel desfruta de uma educação de nível e acessível a todos. Se você pensa encontrar um judeu analfabeto, desista. É uma questão cultural. Para eles, povo e governo, a educação é o bem maior.

    E, por fim, o respeito pelo empreendedor e pelo fracasso. Em Israel, valoriza-se muito aquele que se dispõe a inventar, inovar ou empreender. 

  Quem tenta e fracassa é respeitado e apoiado, pois eles acreditam que a falência é um aprendizado e a chance de acertar da próxima vez aumenta. Isso leva a uma ausência de medo do fracasso e é um elemento-chave da cultura da inovação. 

   No Brasil, o desgraçado que falir uma microempresa nunca mais consegue uma certidão negativa e jamais volta a ser empreendedor. Não se consegue transpor a cultura de um país para outro, mas há muito que aprender com Israel.


Texto de José Pio Martins publicado na Gazeta do Povo de Curitiba

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

As Lágrimas do Nosso Chamado

"Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações". Jeremias 1:5

  Olhando para esse texto bíblico, podemos ver como Deus controla a nossa existência desde o nosso primeiro sopro de vida até os nossos últimos dias aqui nessa terra. 

   Quando Jeremias recebeu o chamado de Deus, ele mal podia acreditar no que estava acontecendo, pois ele ainda era muito jovem e a responsabilidade que estava sendo lançada sobre ele era muito elevada.

  Apesar de no começo Jeremias tentar se esquivar da vontade de Deus, ele assumiu a responsabilidade e passou a viver integralmente na sua vida cada profecia que Deus mandava para o seu povo. Ele sofreu tanto em ver o povo desobedecer à vontade de Deus, que pranteava suas tristezas diante do muro das lamentações clamando a Deus por misericórdia pelo pecado dos seus irmãos. Pranteou tanto que ficou conhecido pela tradição como o “profeta chorão”. 

  
   Será que ser conhecido como o Profeta chorão é algo que ele deveria se envergonhar? Com certeza não. Jeremias chorava ao ver que o povo não queria lhe dar ouvidos, e Deus usando a sua boca dizendo que se não cessasse a imoralidade e idolatria do povo, o Senhor iria permitir que Judá fosse levada cativa por punição a sua desobediência.

  Trazendo o contexto de Jeremias para os dias de hoje, não é muito diferente da realidade em que vivemos. Precisamos divulgar as boas novas de salvação para as pessoas que não conhecem ou não querem ouvir sobre Jesus Cristo. 

   Porém, será que temos chorado e clamado a Deus o suficiente por essas almas perdidas? Acredito que se nós entendêssemos e tivéssemos o coração igual o de Jeremias, estaríamos fazendo muito mais por aqueles que realmente estão sendo lançados para uma eternidade longe de Deus.  
  
   Precisamos dar ouvidos ao nosso chamado e mesmo sabendo que em nós mesmo não somos capazes, temos que confiar em Deus e seguir a voz do Senhor dentro daquilo que Ele nos chamou, assim como, Jeremias o fez pois precisamos chorar e clamar mais pelas almas perdidas

Oremos para que as nossas atitudes sejam coniventes com a vontade de Deus e as nossas lágrimas alcancem o favor do Senhor por aqueles que precisam enxergar a verdade.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Você pode fazer a diferença: Basta querer!


   Num destes quartos de hospital, dois homens muito adoentados lá estavam tentando conversar. Um deles podia se sentar na sua cama durante algumas horas, pois sua cama estava junto a única janela do quarto e então podia respirar o ar puro, receber alguns raios do sol e até ouvir os pássaros cantarem.

    O outro homem tinha que ficar sempre deitado de costas e apenas observava o companheiro e procurava conversar quase que sem parar. E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, passavam o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que conseguia ver do lado de fora da janela.

 O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de algumas horas, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela. Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinários detalhes, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava e viajava com as cenas. 

   Dias e semanas passaram... 

   Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos e encontrou o corpo, já sem vida, daquele homem que ficava perto da janela. Ele havia falecido calmamente enquanto dormia. 

   A enfermeira ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.

  Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca. Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto.

   Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava para uma parede toda pintada de preto com mais de dez metros de altura.

   O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. Talvez quisesse apenas passar alguma coragem para ele…

MORAL DA HISTORIA:

   O cego não podia ver, mas nada o impedia de ser criativo e fazer com que o seu companheiro de quarto pudesse desfrutar de algo que ele (cego) gostaria de estar vendo. Apesar dos nossos grandes problemas e dificuldades nada nos impede de fazermos com que outras pessoas possam se sentir felizes.

E Você que está sadio e de bem com a vida, o que tem feito para melhorar só mais um pouco o dia de hoje? Pense nisso...