sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A Cadeira Vazia - Uma história para sua reflexão




  O pai de uma jovem da igreja estava muito doente, por isso, a moça pediu para que seu pastor fosse visitá-lo no hospital. Quando entrou no quarto do enfermo, o pastor se deparou com o idoso deitado na cama, com a cabeça apoiada em dois travesseiros. Ao seu lado direito, havia uma cadeira vazia. Ao ver aquela cadeira vazia ao lado da cama, o pastor pensou que o homem estava esperando a sua chegada. Então ele disse:
 -  Acredito que o senhor estava me esperando...

  Mas o idoso respondeu: 
 - Na verdade, não. Eu nem sei quem é o senhor. Quem é você?

Disse o pastor:
- Meu nome é Gilmar e eu sou o pastor da sua filha. Foi ela quem pediu para que eu viesse aqui orar pelo senhor e quando me deparei com a cadeira vazia, pensei que soubesse que receberia a minha visita.

Com a voz enfraquecida, o pai da jovem começou a falar:
- Ah, essa cadeira? Ela tem uma história... 
-  Então me conte, meu amigo! Interrompeu o pastor.

O senhor prosseguiu:
 - Eu nunca soube orar em toda a minha vida. Na verdade, eu nunca quis aprender, pois sempre achei que Deus estava muito longe de mim, resolvendo coisas mais importantes.  Até que um dia um amigo cristão me falou: "Orar é conversar com Jesus. Quando você quiser falar com Ele, sente-se em uma cadeira e coloque a outra na sua frente. Pense que Jesus está sentado nessa cadeira e, então, comece a conversar".

Antes que o pastor pudesse falar algo, o senhor continuou:

- Eu gostei muito daquela ideia e, desde então, converso com Jesus durante duas ou três horas por dia. Eu sempre tomo cuidado para ninguém ver, principalmente a minha filha, porque é perigoso ela me internar em um hospício. Brincou ele...


  O pastor se simpatizou com aquele homem e eles ficaram conversando por horas. Por fim, oraram juntos e o pastor Gilmar voltou para casa. Três dias depois, a filha do homem doente comunicou a igreja que seu pai havia falecido naquela tarde. O pastor, então, lhe perguntou:

 - Ele morreu em paz?

A jovem, com os olhos cheios de lágrimas, respondeu:

-  Creio que sim, pastor. Creio que ele morreu em paz. Pouco antes de partir, ele me deu um beijo e disse que me amava. Tive que sair do quarto por alguns minutos e, quando voltei, ele já havia falecido. Só uma coisa me deixou intrigada, pastor...


 O que foi, minha filha? Perguntou o pastor.

 - O senhor se lembra daquela cadeira que ele insistia em deixar ao lado de sua cama? Então... Ele arrastou para bem perto da cama e morreu com a cabeça encostada nela.

O pastor não conteve o sorriso e disse àquela moça:
 - Louve a Deus por isso, menina!!
 - Por que, pastor? Disse a filha.
 - Por que ele morreu no colo de Jesus!


"Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Romanos 8:38-39).

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Estou com inveja dos injustos. O que fazer?

 Para responder essa pergunta e te fazer meditar um pouco eu não deixarei nenhuma palavra minha; Apenas irei citar o Salmo 73... Creio que será útil para você como foi para mim!



 Na verdade, Deus é bom para o povo de Israel, ele é bom para aqueles que têm um coração puro. Porém, quando vi que tudo ia bem para os orgulhosos e os maus, quase perdi a confiança em Deus porque fiquei com inveja deles. 

   Os maus não sofrem; eles são fortes e cheios de saúde. Eles não sofrem como os outros sofrem, nem têm as aflições que os outros têm. Por isso, usam o orgulho como se fosse um colar e a violência, como uma capa.  O coração deles está cheio de maldade, e a mente deles só vive fazendo planos perversos. Eles gostam de caçoar e só falam de coisas más. São orgulhosos e fazem planos para explorar os outros. Falam mal de Deus, que está no céu, e com orgulho dão ordens às pessoas aqui na terra.

  Assim o povo de Deus vai atrás deles e crê no que eles dizem. Eles afirmam: “Deus não vai saber disso; o Altíssimo não descobrirá nada!” Os maus são assim: eles têm muito e ficam cada vez mais ricos. Parece que não adiantou nada eu me conservar puro e ter as mãos limpas de pecado. Pois tu, ó Deus, me tens feito sofrer o dia inteiro, e todas as manhãs me castigas. Se eu tivesse falado como os maus, teria traído o teu povo. Então eu me esforcei para entender essas coisas, mas isso era difícil demais para mim.

  Porém, quando fui ao teu Templo, entendi o que acontecerá no fim com os maus. Tu os pões em lugares onde eles escorregam e fazes com que caiam mortos. Eles são destruídos num momento e têm um fim horrível. Quando te levantas, Senhor, tu não lembras dos maus, pois eles são como um sonho que a gente esquece quando acorda de manhã. 

  Meu coração estava cheio de amargura, e eu fiquei revoltado. Eu não podia compreender, ó Deus; era como um animal, sem entendimento. No entanto, estou sempre contigo, e tu me seguras pela mão. Tu me guias com os teus conselhos e no fim me receberás com honras. No céu, eu só tenho a ti. E, se tenho a ti, que mais poderia querer na terra? 

  Ainda que a minha mente e o meu corpo enfraqueçam, Deus é a minha força, ele é tudo o que sempre preciso. Os que se afastam de ti certamente morrerão, e tu destruirás os que são infiéis a ti. Mas, quanto a mim, como é bom estar perto de Deus! Faço do Senhor Deus o meu refúgio e anuncio tudo o que ele tem feito.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Pediu braços mas recebeu pernas*

“O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (Atos 3:3, 6).


  Certo pregador estava visitando a casa de um dos membros de sua igreja. Durante o jantar, uma pequena menina, filha mais nova do dono da casa, dirigiu-se ao ministro e falou: “Eu ouvi o que você pregou hoje”. “Ouviu mesmo?” perguntou o pregador. “Diga-me, então, sobre o que foi o meu sermão hoje?” “Você falou sobre um homem que pediu braços e recebeu pernas”. (Nota: A história é traduzida. O pregador falou sobre um homem pedindo “alms” (esmolas), e a pequena menina entendeu “arms” (braços).

  Apesar de nossa ilustração ser engraçada, pela confusão de palavras da garota, conduz-nos a uma reflexão séria. 

  Muitas vezes pedimos alguma coisa a Deus e parece que Ele não nos atende. Nem nos damos conta de que Ele respondeu, sim, mas de outra maneira. Nem sempre o que buscamos de Deus é o melhor para nós. E Ele sabe qual a nossa real necessidade. O coxo da porta do templo pedia esmolas, mas, o que recebeu foi muito melhor do que uma simples moeda. Ele podia agora andar, trabalhar, ganhar seu sustento, e viver de forma abundante e feliz. Ele não recebeu o que pediu, porém, começou a dar glórias a Deus pela grande bênção alcançada.

   Como reagimos quando Deus não nos dá o que pedimos? Temos compreendido que Ele nos ama e que a Sua resposta é sempre a melhor possível? Temos colocado a nossa vontade em plano inferior à vontade do Senhor? Temos nos submetido à Sua direção, crendo que é o caminho mais apropriado para uma vida plena de conquistas?

  Muitas vezes perdemos um longo tempo aguardando uma bênção de Deus quando ela já veio e de forma melhorada. Todos os ingredientes necessários à nossa vitória estão à nossa frente e continuamos murmurando pela falta de resposta. E só o que nos resta é abrir os olhos espirituais e ver as grandes maravilhas do Senhor… e exultar de alegria… e viver.


*Texto de Paulo Roberto Barbosa Pastor deficiente visual que escreve textos que nos ensinam a refletir sobre a vida e o caminhar com Cristo.